Fórmula com vinagre de frutas alisa e fortalece os fios
Você já ouviu falar de selagem orgânica? A técnica promete alisar os fios sem os danos das progressivas convencionais. Para saber mais, conversamos com o cabeleireiro Beto Santana, diretor técnico da Varcare Concept, empresa que acaba de lançar a Organic Sealer.
Como funciona a selagem orgânica? Quais ativos que promovem o alisamento?
Ácidos de origem natural [acético, málico, glucônico, cítrico e tartárico…], encontrados nos vinagres de maçã, de tamarindo e de outras frutas ácidas, são o principal agente da composição. Essas substâncias têm um alto poder condicionante.
Qual a vantagem diante da progressiva tradicional?
A progressiva funciona como uma espécie de maquiagem, criando uma camada sobre as cutículas do cabelo para disfarçar danos – é por isso que eles ficam mais aparentes a cada lavagem. E esse filme seria impermeável, impossibilitando que cremes e ampolas realmente façam efeito. O que não acontece com a selagem orgânica.
Quanto tempo a selagem orgânica dura?
A manutenção de cabelos normais (sem descoloração e afins) com selagem pode ser realizada com um intervalo de até 5 meses, o dobro do recomendado para quem opta pelas progressivas. Outra vantagem nesse caso é que, na volta ao salão, só é necessário fazer a reaplicação na raiz.
Para prestar atenção
Para saber se o tratamento usa realmente substâncias orgânicas, é preciso ficar atenta a alguns detalhes. “Em termos de duração do alisamento, ácidos sintéticos e orgânicos oferecem um desempenho parecido”, diz a dermatologista especializada em tricologia Ana Carina Junqueira, de São Paulo. Assim, se um produto dito natural não perde nada de efeito após 30 ou 40 lavagens, provavelmente há algum componente fixador. “Guanidina e outros fixadores, bem como amônia e seus derivados, são outros pontos de atenção”, destaca Ana.
Vale, então, ficar de olho no rótulo e principalmente nos sinais que o corpo dá de que algo está errado ao longo do procedimento – dificuldade de respirar, lacrimejamento, tosse… afinal, o grande diferencial aqui é que esses ácidos oferecem um risco bem menor de irritações e outros problemas no couro cabeludo.
“Se existe a possibilidade de trocarmos produtos com formol por algo mais natural, não vejo por que utilizá-los. Inclusive, essa substância está entrando em desuso por causa dos malefícios que representa à saúde”, comenta Ana, que confirma que os ácidos dessas frutas são os que têm se saído melhor em comparação aos demais ativos usados nesse tipo de selagem.
Por Vand Vieira | M de mulher