Na 17ª Edição da Bem Viver Mulher você pôde conferir um pouquinho sobre a nossa mulher de sucesso: Mirella Penha que é jornalista e chefe do Serviço de Comunicação da Câmara Municipal de Varginha. O papo foi tão bom, que resolvemos estender aqui um pouquinho nosso bate papo. Preparamos um jogo de perguntas e respostas (estilo rapidinhas), para você conhecer a nossa mulher que garante que a vida tem que ser tratada com leveza, sem muitas cobranças: Mirella Penha.

RAPIDINHA

Signo: Gêmeos

Cor: Amarelo

Livro: Cem Anos de Solidão – Gabriel García Marquez

Filme: Coração Valente

Comida: Arroz, tutu, couve e ovo frito

Família: A ligação mais importante. Quem nos conhece de verdade. Mas não é todo parente que pode ser considerado como família.

Viagem Inesquecível: Páscoa de 2017 em Gramado (RS) com meu marido e minha mãe.

Lugar que ainda gostaria de conhecer: Grécia

Uma frase: Toda unanimidade é burra

Hoje ou amanhã? Comente: Amanhã. Sei que o hoje é mais importante de ser vivido, mas amo a expectativa de como vai ser o amanhã.

Voltaria no tempo e mudaria alguma coisa? O que?: Sim. Teria me esforçado mais para terminar minha segunda graduação. Parei o curso de Letras no último ano e não retornei.

Complete as frases:

Odeio gente que reclama de tudo

O mundo seria mais fácil se as pessoas se preocupassem mais em resolver os próprios problemas e deixassem que cada um cuidasse de sua própria vida. É muito tempo desperdiçado cuidando da vida do outro e tempo de menos gasto sendo realmente feliz.

Ainda tem mais… Mirella respondeu algumas questões importantes sobre a situação atual da política do nosso país e a relação entre igualdade de gênero.

RBVM – Você acredita que os direitos entre homens e mulheres estão equilibrados hoje em dia? Comente.

Acredito que não. Vejo muita gente falando atualmente que tudo é “mimimi”, mas também percebo que a empatia está ausente de muitas relações. Eu, sinceramente, não vou saber te falar quais são as dificuldades que uma pessoa deficiente passa no dia-a-dia, porque não estou no lugar dela, mas me solidarizo e tenho empatia pelas batalhas dela. O mesmo acontece com os direitos da mulher. Só tendo seus direitos desrespeitados diariamente é que você consegue enxergar o problema. Vivenciar é ter experiência de vida e quem não vivencia, pode ter pelo menos empatia pela luta do outro.

A gente recebe menos, nossas tarefas são maiores, nossas responsabilidades com a casa e com a família são maiores do que as dos homens e para que isso não aconteça, temos que nos impor. Então, se precisamos nos impor é porque não estamos garantidas. Se estivéssemos, tudo ocorreria de forma natural, sem precisarmos esforçar para que nossos direitos fossem igualitários.

RBVM – Já sofreu preconceito por ser mulher? Se sim. Comente.

Graças a Deus, não. Mas acredito que muito pelo que falei antes. Me imponho, demonstro com dados e informações que aquilo que estou falando tem fundamento. É mais difícil pra gente que é mulher, porque temos que provar nossa capacidade sempre e eu sigo fazendo isso.

RBVM – Você se considera uma mulher/modelo, uma pessoa que forma opinião das pessoas, que é seguida, ouvida e que as pessoas te “espelham”?

Eu sei que sou ouvida pelas pessoas que gostam de mim e que me conhecem de verdade. Tanto que sempre recebo mensagens de amigos pedindo opinião. Isso me deixa muito feliz, porque demonstra que essas pessoas acham que o meu jeito de agir é correto. Acho que o quê reforça isso é que sempre sou aberta ao debate, ao contraditório. Então, ouço opiniões e as absorvo e daí pra frente também posso mudar a minha. Acredito que isso agrade quem me busca para conversar. Mas sei que sempre temos o que evoluir e preciso ouvir ainda mais do que falar.

RBVM – Na sua opinião, o que impede o avanço das mulheres em relação aos homens?

Acho que estamos conseguindo, bem aos poucos, avançar. Como somos maioria da população, naturalmente estamos ocupando cada vez mais os espaços. Com muita batalha e perseverança, é claro, mas lentamente estamos chegando. O que falta é acreditarmos mais e nos envolvermos mais com o que realmente acreditamos. Só assim acho que teremos nossos direitos equiparados.

BVM – Como você vê a situação do nosso Brasil hoje em relação à política/economia?

Pior impossível. Vejo um Legislativo Nacional vendido por emendas, um Executivo Nacional totalmente fechado ao debate e uma população que sofre, calada. É impressionante como tudo conseguem colocar nas costas do povo. Querem nos fazer acreditar que a crise econômica é por causa da Previdência, que é por causa dos Direitos Trabalhistas e nunca falam dos bilhões de reais que vão para os bolsos dos poderosos por causa da corrupção. A reforma urgente que esse país precisa é a Política, mas não enxergo formas disso acontecer, pois teria que ser pelas mãos do povo e são poucos os que lutam e mesmo assim não são ouvidos.

Já tive mais esperanças para o futuro político/econômico do nosso país, mas hoje sou um pouco cética. Espero que minha esperança renasça com as eleições do ano que vem. Quem sabe tenhamos renovação!