É incrível como algumas palavras escritas por outro ser humano são capazes de penetrar nossa alma e gerar mudanças gradativas dentro de nós. Confira algumas leituras!

Desde criança, vejo a leitura como uma porta que abre caminho para novos lugares, ideias e sonhos. Toda vez que me aventuro em um livro diferente, aprendo algo e melhorei como pessoa. É incrível como algumas palavras escritas por outro ser humano são capazes de penetrar nossa alma e gerar mudanças gradativas dentro de nós.

Já leu algo que abriu sua mente ou ampliou sua visão acerca de um assunto? Existem livros que aparentemente foram escritos com o objetivo de mudar a nossa vida. Pensando nisso, criamos este post para sugerir leituras que empoderam. A lista abaixo contém obras que foram escritas por mulheres e que toda leitora, seja feminista ou não, precisa ler. Acompanhe!

1. Sejamos todos feministas – Chimamanda Ngozi Adichie

Os livros da Chimamanda são incríveis. É difícil dizer qual é o meu favorito, mas, com certeza, Sejamos Todos Feministas está entre os primeiros.

O livro é pequeno e a leitura é rápida. Chimamanda mantém um discurso simples e bastante didático acerca do feminismo. Ela deixa bem clara a importância do movimento para as mulheres e explica, também, as diferentes formas que o machismo afeta a sociedade e a vida das pessoas, inclusive a dos homens. Trata-se de uma verdadeira reflexão e convite para desconstruirmos essa realidade patriarcal e prejudicial a todos.

2. Mulheres que correm com os lobos – Clarissa Pinkola Estés

O clássico foi escrito por uma psicanalista americana que interpretou 19 lendas folclóricas e histórias antigas para identificar o arquétipo da mulher selvagem. Além disso, a autora usa de uma profunda análise psicológica com boas doses de espiritualidade e sabedoria para dar o tom da obra. O intuito é resgatar a natureza selvagem e indomável da mulher.

O livro promete uma experiência poderosa, pois, embora seja uma narrativa recheada de histórias com mocinhas, vilões, bruxas e criaturas fantásticas, a protagonista é a própria pessoa que está lendo.  No mais, Mulheres que Correm com os Lobos não tem uma leitura muito fácil, por isso o ideal é ler esse livro no seu ritmo, sem pressa.

3. Corajosa sim, perfeita não – Reshma Saujani

Mulheres são criadas desde pequenas para serem perfeitas. Temos que dar o nosso melhor aos outros, ser delicadas como uma flor e estar sempre bem arrumadas. Recatadas, modestas, gentis, amáveis, fáceis de lidar… E essa lista só cresce. No entanto, isso afeta nossa vida adulta, pois crescemos temendo o fracasso.

E se quisermos falar alto? Resmungar? Usa roupas confortáveis? Por que temos a obrigação de nos encaixarmos em um padrão comportamental?

Em Corajosa sim, Perfeita não, Reshma sugere a quebra desse conceito de perfeição e incentiva mulheres de todas as idades a serem corajosas e a não desistirem de algo por medo de falhar. Entretanto, o livro não se refere a grandes atos de ousadia. Segundo a autora, às vezes, ter coragem significa ser honesta consigo mesma e não fazer aquilo que esperam de você.

4. Comer, rezar e amar – Elizabeth Gilbert

Comer, rezar e amar é um livro de memórias em que Elizabeth descreve sua crise de meia-idade, resultado de algumas mudanças em sua vida profissional e amorosa. Depois de um divórcio que a afundou na depressão, ela se demitiu do emprego e vendeu todos os seus bens para viajar ao redor do mundo.

A prosa da autora é leve e divertida, mas ao mesmo tempo promove diversas reflexões. Dentre muitos tópicos, é interessante ler sobre os relacionamentos de Elizabeth e refletir sobre os nossos próprios. É improvável ler a obra e não concluir que nenhuma mulher precisa de um parceiro ou uma parceira para ser completa. Na verdade, é observado durante a leitura que o oposto ocorre com a personagem, o que torna a narrativa bastante inspiradora.

5. Outros jeitos de usar a boca – Rupi Kaur

Gosta de poesia? Então essa dica é para você. Rupi Kaur é indiana, vive no Canadá e iniciou na carreira literária por meio de redes sociais como Instagram e Tumblr. Seu primeiro livro foi publicado de forma independente, mas não demorou muito para entrar na lista de mais vendidos da New York Times.

Não é para menos: a escrita da autora é tocante e maravilhosa. Em Outros Jeitos de Usar a Boca, ela aborda temas como relacionamentos, abusos físicos e psicológicos, amor próprio e liberdade. Durante a leitura de versos que expõem vulnerabilidade, confissões e instintos, ocorreu-me que o livro faz parte do processo de cura de Kaur e é lindo fazer parte disso.

É engraçado pensar que conseguimos nos enxergar em textos e histórias escritas e vividas por outras irmãs. Talvez isso aconteça porque todas nós somos marcadas pela mesma opressão e, apesar de termos enfrentado dores distintas, ainda temos que lidar com algo que a sociedade está pensando para entender: ser mulher é livre.

fonte:https://buscavegan.com.br/