O projeto foi criado para treinar influenciadores no combate às notícias falsas e ao ódio no mundo digital

Desde 2018, ano eleitoral, a expressão fake news passou a fazer parte do nosso vocabulário quase diariamente. As informações falsas se espalham 02rapidamente pelas redes sociais e é difícil não só contê-las mas desmenti-las depois.

 De olho na importância de conscientizar as pessoas sobre os riscos da divulgação inapropriada e do discurso de ódio na internet, os jornalistas Alana RizzoGuilherme Amado e Clara Becker criaram o projeto Redes Cordiais. Em um ano, já promoveram workshops em São Paulo, Rio e Belo Horizonte. “O foco são os influenciadores digitais porque eles têm alcance maior que jornalistas ou políticos hoje em dia”, conta Alana.

A metodologia inédita, criada em parceria com a agência de checagem de fatos Lupa, o Instituto de Tecnologia e Sociedade (ITS) e o especialista em comunicação não violenta Dominic Barter, já impactou 76 convidados, que, juntos, totalizam 63 milhões de seguidores. Famosos como Paolla Oliveira e Fernanda Lima compareceram. “Buscamos escolher participantes de segmentos diferentes para tornar o debate ainda mais rico e com visões diversas sobre o ambiente digital”, explica a jornalista.

 (Marcus Leoni/CLAUDIA)

Para os idealizadores do projeto, além do grupo plural, é importante que os ensinamentos possam ser aproveitados também pelo público nas redes sociais. “Há coisas que todos podemos fazer para colaborar com uma internet mais saudável. A principal dica é: na dúvida se é verdade, não compartilhe. Principalmente em casos de acidentes, calamidades ou de notícia que vá causar pânico geral, o ideal é que se espere até que uma fonte segura confirme o fato. Você pode ter boa intenção, mas o risco de estar publicando algo falso é muito grande, e isso nunca é um ato banal, mesmo que você tenha poucos seguidores. Todos temos essa responsabilidade com a verdade”, aconselha Alana.