A pesquisa científica é um campo ainda majoritariamente dominado por homens. No entanto, iniciativas desenvolvidas por mulheres tem ganho espaço e notoriedade em diferentes regiões do Brasil. Entre elas estão as propostas de Eliana Dessen, Olímpia Reis Resque e Margareth Capurro, candidatas do Prêmio CLAUDIA 2018. Para votar nas candidatas, clique aqui.
A biogeneticista Eliana Dessen, coordenadora de educação do Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão sobre o Genoma Humano e Células-Tronco, desenvolve materiais didáticos para facilitar o ensino de biologia nas salas de aula da rede estadual de São Paulo, criou um laboratório ambulante com microscópios e kits para experiencias e instrui professores sobre como usar os equipamentos. Calcula-se que 42 mil alunos tenham sido impactados anualmente pelas iniciativas de Eliana. “A educação sempre me encantou”, diz ela, que esteve no centro de algumas das primeiras e mais importantes investigações sobre genética do mundo.
Outra iniciativa de destaque é a da bióloga Margareth Capurro, que desenvolve métodos para esterilizar os insetos, como o mosquito Aedes aegypt. Ela comanda uma equipe com 12 pessoas no Laboratório de Mosquitos Geneticamente Modificados, do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo e também é responsável por uma biofábrica, instalada em Juazeiro, na Bahia, onde outra equipe, de seis pessoas, produz em larga escala mosquitos geneticamente modificados ou alterados por raios X. Os machos esterilizados em laboratório, ao copular com fêmeas selvagens, não deixam descendentes.
Já Olímpia Reis Resque é a criadora do dicionário Amazônia Exótica – Curiosidades da Floresta. São dois volumes da editora Empíreo, em que a autora cataloga frutas, madeiras, aves e alguns insetos e reúne outras referências sobre cada um dos 109 verbetes. Além da descrição científica, revela lendas regionais, referências literárias e trechos de relatos de viajantes sobre a região. Olímpia trabalhava com conservação e catalogação de obras raras na Biblioteca do Museu Paraense Emílio Goeldi quando levou ao seu chefe a questão das diversas formas de como as espécies são registradas. “O então diretor do museu, Guilherme Maurício Souza de La Peña, pediu que eu fizesse um controle terminológico do acervo”, lembra. O desafio desencadeou uma pesquisa profunda, durante 20 anos, cujo resultado são os dicionários.
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