As principais intoxicações de cães e gatos por plantas e jardins
– Torta de Mamona: A Torta de Mamona, usada frequentemente nas adubações orgânicas de vasos e jardins é altamente tóxica se ingerida. Como sempre vem associada à farinha de ossos, torna se extremamente atraente principalmente aos cães. Além dos componentes tóxicos da mamona, há também boas concentrações de elementos tóxicos como cádmio e chumbo na sua preparação. A ingestão causa vômitos, cólicas abdominais severas, diarreia sanguinolenta, choque, coma e óbito na maioria dos casos, dependendo é lógico da quantidade ingerida.
– Adubos Industrializados: Não são tão atraentes aos animais como a torta de mamona, mas podem ser ingeridos acidentalmente ou diluídos em água que pode se acumular nos vasos e pratos dos vasos dos jardins. Os sintomas dependem do tipo de adubo usado, da concentração e do volume ingerido e pode ocorrer desde náuseas, vômitos, cólicas e urticária no focinho, língua, lábios e irritações das mucosas da boca, esôfago e estomago.
– Inseticidas, Fungicidas e Herbicidas: Todos podem ser tóxicos e com sintomas variáveis dependendo do princípio ativo e da quantidade ingerida. Para muitos existem antídotos, por isso é extremamente importante que conheça os produtos eventualmente usados no seu jardim, guardando a embalagem e a bula. Quando da necessidade de uso desses produtos, os animais devem sem afastados da área e mantidos longe dela por um período que pode variar de horas e dias dependendo do produto usado. Os sintomas vão desde urticária, náuseas, vômitos, diarréia, cólicas, pupilas diminuídas, contrações e fasciculações musculares, arritmias, dispnéia ou dificuldade respiratória, podendo levar ao coma e óbito se não medicados a tempo. No caso de intoxicação procure imediatamente o seu Médico Veterinário já identificando o produto tóxico envolvido.
– Plantas Tóxicas: Algumas das plantas ornamentais que temos em nossos vasos e jardins podem ser tóxicas, pois apresentam princípios ativos capazes de causarem graves intoxicações quando ingeridas ou tocadas. Geralmente a intoxicação acontece por nosso desconhecimento do potencial tóxico da espécie vegetal que colocamos a disposição dos nossos curiosos animais de estimação. Antes de formar um jardim ou introduzir uma nova planta em casa, verifique o seu possível potencial tóxico.
Várias plantas tóxicas são conhecidas pela grande maioria das pessoas como, por exemplo, a azálea, antúrio, bico de papagaio, comigo-ninguem-pode, coroa de cristo, costela-de-adão, cheflera, crisântemo, dracena, espirradeira, filodendron, hera, hortênsia, lírio, beladona, trombeta de anjo, mandioca brava, orelha de elefante, mamona, copo de leite, espada de são jorge, entre outras, têm potencial tóxico se ingeridas ou tocadas e causam os mais diferentes sintomas podendo levar o animal até a morte.
O primeiro passo depois da suspeita de contato ou ingestão é procurar a planta que intoxicou o seu animal. Procure nos jardins ou nos vasos por plantas com galhos quebrados e/ou mastigados. Separe uma parte identificável da planta e procure imediatamente um Médico Veterinário para que avalie o seu animal e inicie o tratamento sintomático e em alguns casos direcionados ao princípio ativo tóxico da planta. O principio ativo tóxico pode se concentrar nas folhas, nas flores, frutos e no látex (seiva branca que escorre das plantas quando machucadas) e em alguns casos também nas suas raízes. Os sintomas são muito variáveis e vai depender da espécie de planta envolvida. Na maioria dos casos causa irritação das mucosas, náuseas, vômitos, diarréia, taquicardia, dilatação das pupilas agitação, hipertermia, cólicas abdominais entre outros.
Orientações sobre as plantas tóxicas:
– Procure identificar as plantas com potenciais tóxicos e eliminá-las ou colocá-las fora do alcance dos animais.
– Tome cuidados ao podar as plantas que eliminam látex e evitar em deixar os galhos em local onde o animal tenha acesso.
– Deixe sempre água a vontade para o seu animal, pois se tiver privação de água pode procurar isso nos jardins e nos vasos ou mesmo comer plantar na procura de água.
– Em caso de acidente guarde a planta para identificação e procure o seu Médico Veterinário.