Inauguração oficial da grande ecobarreira no rio Verde será nesta terça (7)

Após três semanas de ajustes, às 10h desta terça-feira (7) será a cerimônia de inauguração oficial da barreira ecológica flutuante sob a Ponto dos Buenos, entre Elói Mendes e Varginha. A sua elaboração, com mais de 100 metros de comprimento, demandou o trabalho de dezenas de voluntários.

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Devido à pandemia, o evento será para apenas 60 convidados e vai contar com uma série de procedimentos de segurança como o uso obrigatório de máscaras e manutenção do distanciamento nos assentos sob as tendas. A Prefeitura Municipal de Elói Mendes é a responsável pela organização do cerimonial.

A ecobarreira vai permitir a retenção de resíduos sólidos urbanos (embalagens), macrófitas (aguapés, por exemplo) e de detritos de efluentes (esgoto industrial e doméstico) lançados a montante por 30 dos municípios sul mineiros da bacia hidrográfica e que se deslocam superficialmente ao longo do trajeto do rio. A sua localização no último trecho do rio Verde é estratégica para reduzir substancialmente a poluição do Lago de Furnas, a poucos quilômetros dali.

“A mensuração sistêmica da quantidade de resíduos sólidos retirados e a análise da qualidade da água naquele ponto serão indicadores extremamente relevantes para avanços efetivos em políticas, principalmente nas cidades que dependem do rio Verde para o abastecimento público de água, como é o caso de Varginha”, argumenta Diego Gazola, mobilizador e membro do Coletivo rio Verde VIVO.

As ecobarreiras na região foram concebidas pelo ambientalista Ronipeterson Landim Costa após descer de caiaque pela primeira vez o rio Verde em toda a sua extensão – de Itanhandu a Três Pontas – em agosto de 2017. Ele ficou impressionado com o enorme volume de lixo e esgoto encontrado no trajeto.

“Moro às margens do rio Verde e ao lado da nova ecobarreira. Meu novo sonho é a construção de uma pequena balsa flutuante para servir como sala de aula de educação ambiental e também mirante para os que desejarem vislumbrar a iniciativa de perto. Amo o rio e a causa pela sua preservação é o que move minha vida”, explica Ronipeterson, que também é membro do Coletivo rio Verde VIVO.

A princípio, a manutenção da ecobarreira será realizada por Landim e voluntários, porém se espera que instituições públicas e privadas se apropriem de suas corresponsabilidades e apoiem o projeto.

Essa é a quarta e a maior já ecobarreira implementada nesta bacia hidrográfica. As demais estão em São Sebastião do Rio Verde, Itanhandu e Santana do Capivari.

O Coletivo rio Verde VIVO é um movimento colaborativo que emergiu em 2016 com o intuito de fomentar e qualificar o debate sobre a qualidade das águas do rio Verde no Sul de Minas Gerais. Em 2019, realizou dois debates regionais, reunindo dezenas de instituições públicas e privadas, cujo resultado foi a elaboração do Dossiê sobre a saúde do rio Verde e da população de cerca de 500 mil habitantes nas 31 cidades da bacia hidrográfica.