Neste sábado (11), completam 150 dias em que a vereadora Marielle Franco e seu motorista Anderson Gomes foram assassinados. Apesar da enorme pressão da sociedade para que os culpados sejam encontrados, caso segue sem solução.
Segundo VEJA.com, esse tempo é mais que o dobro do levado em outros dois casos de projeção nacional. Na morte da juíza Patricia Acioli – assassinada em uma emboscada armada por milicianos –, em 2011, foram 50 dias entre o crime e o indiciamento dos responsáveis. Já no sumiço do pedreiro Amarildo deSouza – levado por policiais na Rocinha –, em 2013, o prazo foi de 75 dias até todos serem formalmente indiciados.
“Estou muito preocupado. Esperava um prazo mais curto. Quanto mais o tempo passar, mais difícil será resolver o caso”, disse o sociólogo Ignácio Cano, coordenador do Laboratório de Análise da Violência (LAV), da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), ao site.
A cientista social Silvia Ramos, especialista em segurança pública, coordenadora do Centro de Estudos de Segurança e Cidadania da Universidade Cândido Mendes, tem o mesmo pensamento. “Eu estou muito desesperançada neste momento. Acho que tem muita gente falando e estou vendo pouca ação. Porque não é só resolver. Dizer que foi o grupo tal e que o criminoso está morto.Tem que resolver com provas consistentes. Estou muito pouco otimista de que isto venha a acontecer.”
Por Claudia