Viver um grande amor é lindo, mas às vezes o romance acaba. O sentimento que vem a seguir depende de como foi o fim, mas pode variar de tristeza a alívio, passando por revolta e até gratidão. E curtir a solteirice por um tempo, muitas vezes, é a melhor escolha para conseguir fazer um detox sentimental e ficar pronta para outra. Ou decidir que não quer compromisso nunca mais, porque ninguém é obrigada a nada.
Mas algumas coisas atrapalham a celebração da individualidade, e filmes românticos com finais do tipo “felizes para sempre” ficam no topo da lista. Nessa fase, o legal é lembrar que nem sempre o amor funciona e que namoro, além de não ser tudo nesta vida, pode ser uma fonte de dor de cabeça.
Se você estiver na vibe de não ser parte de um casal e de manter distância de histórias de amores perfeitos, aproveite esta nossa lista de filmes que têm dois elementos em comum: são ótimos e apresentam o amor com falhas, que não dá certo. E passe reto pelo Dia dos Namorados enquanto assiste a eles.
“(500) Dias com Ela” (2009)
Por pouco mais de um ano, Tom (Joseph Gordon-Levitt) e Summer (Zooey Deschanel) vivem um rolo divertido e gostoso. Ela sempre deixa claro que não está a fim de relacionamento sério, ele ignora essa informação; claro que isso não pode acabar bem para as duas partes, né? A gente dá risada, a gente fica triste, a gente vê a tragédia se anunciando e entende os dois lados. Filme ótimo para passar o tempo. Além disso, figurinos e trilha sonora são incríveis.
“Closer: Perto Demais” (2004)
No início, dois relacionamentos como quaisquer outros: Dan (Jude Law) & Alice (Natalie Portman) e Anna (Julia Roberts) & Larry (Clive Owen). Quando Dan começa a ter um caso com Anna, tudo fica complexo para os casais originais. DRs, sofrimento, indecisão, a vida como ela é. São quatro personagens de peso em um filme igualmente denso. E um final absolutamente surpreendente.
“Como Ser Solteira” (2016)
Após uma separação, Alice (Dakota Johnson) se vê como uma desajeitada solteira em Nova York. Quem a ensina a curtir a liberdade é Robin (Rebel Wilson), uma colega de trabalho que dá aquele empurrãozinho para que ela perca o medo de se aventurar na noite e conhecer gente nova. É uma comédia, mas pode também ser um filme de auto-ajuda caso você tenha saído de um relacionamento há pouco tempo e procure uma luz para saber como agir em situações inéditas.
“Educação” (2009)
Quase todo mundo já caiu em uma roubada de amor, mas o caso de Jenny (Carey Mulligan) é impressionante. Toda certinha e controlada pela família, ela tem sua vida virada pelo avesso ao conhecer David (Peter Sarsgaard), um cara com o dobro da sua idade e aparentemente disposto a lhe dar tudo do bom e do melhor. Depois de desviar completamente do que estava programado para seu futuro, Jenny descobre que nada daquilo é tão perfeito e precisa começar a se reencontrar. É triste e, ao mesmo tempo, uma lição de vida.
“Ela Quer Tudo” (1986)
No primeiro longa comercial do diretor Spike Lee, Nola Darling (Tracy Camilla Johns) é uma mulher super livre dos anos 1980 que mantém três “não-relacionamentos” – porque tudo que ela quer é fazer sexo com os três caras (separadamente, que fique claro), sem amarras. Cada um ao seu modo, todos querem que ela assuma um namoro. E não, ela não vai ceder a isso, por mais que eles sofram. O filme deu origem à recente série de 10 episódios da Netflix, cujo trailer você pode ver aqui:
“Lola Contra o Mundo” (2012)
O vestido de noiva já estava comprado e tudo estava certo para o casamento de Lola (Greta Gerwig), até que seu noivo sai de cena com o clássico “acho que não estou pronto para isso”. E então Lola é uma mulher que precisa fazer as pazes com a paquera, com o sexo, com a alimentação, com a vida. Tudo isso com um roteiro de comédia genial. Um filme para assistir descompromissadamente e dar muita risada!
“Namorados para Sempre” (2010)
Já começamos sabendo que o amor ali não vai dar certo, porque é uma narrativa entre o presente e o passado em que Cindy (Michelle Williams) e Dean (Ryan Gosling) tentam salvar um casamento falido. Nessas idas e vindas, vemos como nasceu e se desenvolveu esse amor agora morto e COMO DÓI! A lição que fica é que se aconteceu com eles, pode acontecer com qualquer casal. Prepare os lencinhos.
Para completar, três clássicos maravilhosos:
“… E o Vento Levou” (1939)
Scarlett O’Hara (Vivien Leigh) é uma moça linda e desejada por todos os rapazes, mas o que ela considera ideal para ser seu marido, Ashley (Leslie Howard), acaba casando com outra. Diante de uma história tão grandiosa, que se desenrola durante a Guerra Civil Americana, isso acaba passando meio batido, mas é por causa desse coração partido que a vida de Scarlett toma os rumos que toma. Inclusive seu envolvimento com Rhett Butler (Clark Gable), o forasteiro bem mais velho que conduz o destino dela, não teria ocorrido se ela estivesse com a saúde emocional em dia. E ele sapateia sobre o coraçãozinho de Scarlett sem dó. Era melhor ela ter ficado sozinha, sinceramente.
“Amor, Sublime Amor” (1961)
Não se deixe enganar por toda essa música, toda essa dança, todas essas cores: o filme é uma história de amor que não dá em coisa boa. Maria (Natalie Wood) e Tony (Richard Beymer) fazem parte de gangues rivais de Nova York e, quando se apaixonam, acreditam que o amor será capaz de trazer a paz à Terra. Spoiler: não será. Mas é um dos melhores filmes da história, sem sombra de dúvida.
“Casablanca” (1949)
A célebre frase “We will always have Paris” (“Nós sempre teremos Paris”), dita por Rick (Humphrey Bogart) para Ilsa (Ingrid Bergman), é parte de uma cena de cinema esteticamente perfeita e inesquecível, mas marca de forma quase brutal que o amor pode não dar certo para sempre. Isso depois de tantos momentos lindos entre os dois, tantas lembranças doces… Pois é, a vida não é sempre um arco-íris.